Portal da Educação

A deficiência intelectual de Lucilene Martins Franco serviu para fortalecer a vontade de aprender e impulsionar a dedicação nos estudos. Com algumas dificuldades de aprendizagem, o esforço e a alegria constante ao interagir com os professores e alunos mantém a estudante na EEB Profª Elza Mancelos de Moura, de Guarujá do Sul, na regional de Dionísio Cerqueira.

A Secretaria de Desenvolvimento Regional de Dionísio Cerqueira, por meio da Gerência Regional de Educação, promoveu o 6º Fórum Regional do Ensino Médio Inovador, no dia 6 de agosto, no município de Dionísio Cerqueira. O evento contou com a presença de gerentes de Educação, supervisores, integradores, diretores de escolas e professores das Gerências de Educação de Dionísio Cerqueira, Itapiranga, Palmitos, São Miguel do Oeste, Maravilha, São Lourenço, Chapecó e Seara.

A falta de visão de Itamara Nicolau da Silva trouxe muitas dificuldades para a sua vida, mas nunca faltou força de vontade para seguir em frente para a jovem de 22 anos que estuda no Serviço de Atendimento Educacional Especializado (SAEDE), da EEB Marechal Luz, em Jaguaruna, na regional de Tubarão.

O jeito tímido da adolescente Kathiê Goulart Librelato, de 17 anos, esconde uma fera dos tabuleiros de xadrez. Buscando por uma prática esportiva, a aluna da EEB Maria da Gloria e Silva, de Içara, na regional de Criciúma se aventurou em outras modalidades antes, mas encontrou no xadrez o seu ninho. Prova disso são os resultados pra lá de positivos que se acumulam.

Pelo ranking da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), a atleta que iniciou, em 2012, no projeto “Xadrez que Educa”, desenvolvido pela Fundação de Esportes de Içara, figura atualmente entre as 10 melhores enxadristas do Brasil, categoria adulto/feminino, e entre as 20 melhores das Américas no sub18/feminino.

Na escola, a prática do xadrez a ajudou como uma ferramenta pedagógica e suas notas, mesmo com ausência das aulas para competições, estão sempre acima de 8. “O xadrez é um esporte lúdico e ajuda no desenvolvimento do raciocínio lógico, concentração e para planejar a resolução de problemas”, explica o treinador Claudionor Pirola, há três anos com Kathiê.

A estudante é campeã do Brasileiro sub20; ouro no JASC; três ouros na OLESC (xadrez rápido, blitz e xadrez pensado); campeã sub16 do Festival Catarinense da Juventude (FECAJ) e campeã estadual feminina na categoria adulta, com apenas 16 anos. Em 2015, a jovem notável foi a representante oficial do Brasil no Sulamericano, realizado na Colômbia, categoria sub20, ficando com o nono lugar. No Panamericano, em El Salvador, trouxe a quarta colocação.

Tanto destaque levou Kathiê Goulart Librelato a estampar os selos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos na cidade. O símbolo é usado em todas as correspondências enviadas pela prefeitura. Kathiê busca agora a vaga Olimpíadas mundiais de Xadrez/2016, em Baku – Azerbaijão. 

A facilidade na escrita e a competitividade na disputa de campeonatos esportivos destacam Jeferson Madella na EEB Profª Olga Nunes de Abreu, em Coronel Martins, na regional de São Lourenço do Oeste. O estudante de 17 anos já participou da Olimpíada de Língua Portuguesa por três vezes, sendo finalista em uma edição, e venceu por quatro vezes o campeonato de tênis de mesa na fase microrregional dos Jogos Estudantis de Santa Catarina (Jesc).

Já conhecida por se destacar na EEB Julieta Lentz Puerta, em Joaçaba, a estudante Gessika Maria Bressan foi reclassificada da 7ª para a 8ª série em 2014. “A direção da escola percebeu que ela sempre estava indo além do que era proposto, com total autonomia”, afirma a assessora da Gerência de Educação de Joaçaba, Aparecida Dotti. No começo, a mudança não foi bem vista por Géssika por ter medo de perder as amizades da sala de aula, mas com o tempo ela aceitou o desafio e ainda conquistou ainda mais amigos.

O papel e a caneta que Edson Jeremias usa para realizar os cálculos de matemática também servem para escrever suas letras de rap que transforma sua rotina de estudante e de trabalhador em composições sobre a importância de estudar. “O conhecimento é a melhor arma que você pode ter” é apenas uma das frases rascunhadas ao lado de fórmulas e expressões geométricas que o estudante do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) de Timbó tem em seu caderno.

A rotina de convocações para representar Santa Catarina e o Brasil em competições de voleibol não impede Paulo Sérgio Carraro de apresentar um boletim repleto de boas notas a mãe Veroni Neu Carraro. “Sempre fui um aluno muito dedicado, minha família me ensinou que os estudos são a base da nossa vida, e com isso iniciei minha vida escolar com a ideia de sempre realizar o meu melhor, independente da situação”, afirma o aluno da EEB João XXIII, de Maravilha, com a mesma vontade que crava as bolas na quadra adversária.

O fascínio por poder escrever suas próprias histórias e fazer o mesmo que a professora ensinou em sala de aula acelerou o processo de aprendizagem de Júlia Duarte Cavalcante, de apenas 7 anos e que estuda no 2º ano do Ensino Fundamental da EEB Leonor de Barros, em Florianópolis. “Ela queria escrever sobre os seus personagens e chegava da escola e pedia pra gente continuar a ensiná-la a escrever. Em pouco tempo ela já conseguiu escrever”, relata a mãe Elis.

Às 4h40min, antes mesmo do galo cantar, o barulho estridente do despertador indica que é hora de Ilza de Fátima levantar da cama e rumar a mais um dia para atingir o sonho de se tornar enfermeira. A estudante do 3º ano do Ensino Médio mora a 40 km da EEB Estanislau Schumann, em Bela Vista do Toldo, na regional de Canoinhas, e tem de pegar dois transportes escolares até chegar às 7h45min no colégio.