O jeito tímido da adolescente Kathiê Goulart Librelato, de 17 anos, esconde uma fera dos tabuleiros de xadrez. Buscando por uma prática esportiva, a aluna da EEB Maria da Gloria e Silva, de Içara, na regional de Criciúma se aventurou em outras modalidades antes, mas encontrou no xadrez o seu ninho. Prova disso são os resultados pra lá de positivos que se acumulam.
Pelo ranking da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), a atleta que iniciou, em 2012, no projeto “Xadrez que Educa”, desenvolvido pela Fundação de Esportes de Içara, figura atualmente entre as 10 melhores enxadristas do Brasil, categoria adulto/feminino, e entre as 20 melhores das Américas no sub18/feminino.
Na escola, a prática do xadrez a ajudou como uma ferramenta pedagógica e suas notas, mesmo com ausência das aulas para competições, estão sempre acima de 8. “O xadrez é um esporte lúdico e ajuda no desenvolvimento do raciocínio lógico, concentração e para planejar a resolução de problemas”, explica o treinador Claudionor Pirola, há três anos com Kathiê.
A estudante é campeã do Brasileiro sub20; ouro no JASC; três ouros na OLESC (xadrez rápido, blitz e xadrez pensado); campeã sub16 do Festival Catarinense da Juventude (FECAJ) e campeã estadual feminina na categoria adulta, com apenas 16 anos. Em 2015, a jovem notável foi a representante oficial do Brasil no Sulamericano, realizado na Colômbia, categoria sub20, ficando com o nono lugar. No Panamericano, em El Salvador, trouxe a quarta colocação.
Tanto destaque levou Kathiê Goulart Librelato a estampar os selos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos na cidade. O símbolo é usado em todas as correspondências enviadas pela prefeitura. Kathiê busca agora a vaga Olimpíadas mundiais de Xadrez/2016, em Baku – Azerbaijão.
|