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Atendimento Escolar Hospitalar atende em média 60 crianças e adolescentes no Hospital São Paulo em Xanxerê PDF Imprimir E-mail
Por Janaína Mônica Mônego - SDR Xanxerê   
Ter, 13 de Outubro de 2015 01:13

13-10-15 pequena caue 1Por mês cerca de 60 crianças e adolescentes participam do projeto Atendimento Escolar Hospitalar. Por meio de uma parceria entre o Governo do Estado e o Hospital Regional São Paulo, os pacientes da pediatria recebem atendimento especializado de uma pedagoga no período em que permanecem hospitalizados. O projeto que iniciou em 1992 tem o objetivo de dar continuidade aos estudos no período em que o aluno fica distante da escola.

A pedagoga Marilda das Chagas trabalha há sete anos com o projeto e conta que são trabalhadas as atividades de acordo com a série de cada aluno que utiliza o serviço. “É um momento importante, pois faz com que eles não fiquem com o conteúdo escolar atrasado e não percam o vínculo com a Escola. É ainda uma oportunidade de proporcionar atividades diferentes. Muitos ficam por vários dias aqui e o projeto ocupa o dia das crianças internadas”, explica.

Os atendimentos acontecem em uma sala especial que conta com materiais didáticos, lúdicos e computadores fornecidos pelo Estado. Pelo menos uma vez pela manhã e outra a tarde as crianças e adolescentes entram em contato com o conhecimento através do projeto.

Conforme Marilda, os pacientes que não podem se deslocar até a sala especializada, recebem o atendimento no próprio leito. Além do estudo, também são realizadas atividades lúdicas como jogos e leitura. A pedagoga comenta que as mães têm papel fundamental e incentivam os filhos a participar das atividades. “Elas colaboram e incentivam as crianças e os adolescentes. Isso é muito importante para a realização do trabalho”.

Rita de Cássia da Silva é mãe do pequeno Davi da Silva. Ele tem quatro anos, está hospitalizado há oito dias e já conhece o caminho da sala. Conforme a mãe, Davi deve permanecer no Hospital por 21 dias e o projeto está ajudando neste período. “ É muito bom pois ele se diverte. Ele prefere ficar aqui do que no quarto. Parece que está na Escola. Está brincando, aprendendo e está feliz. A professora lê historinhas pra ele, jogos”, diz a mãe.

A importância da rotina

A psicóloga do Hospital Regional São Paulo, Eliandra Solivo, destaca que a preservação da rotina das crianças é importante. “Da mesma forma que elas estão fazendo o tratamento, elas também vão continuar estudando, aprendendo e desenvolvendo as suas atividades”, conta.

Por meio do projeto, o estresse e a ansiedade são fatores que podem ser amenizados na medida em que a criança começa a se ocupar, se envolver e consegue fazer com que o ambiente hospitalar se torne familiar.

Para os adultos

Não são apenas as crianças e os adolescentes que são beneficiados com o projeto. Mesmo os adultos, conseguem de alguma forma usufruir da sala especializada. Eliandra conta que os recursos das salas também são utilizados para controlar a rotina dos pacientes. “O adulto que fica, por exemplo, 20 dias hospitalizado, muitas vezes sem saber direito se é dia, se é noite, ou que horário que é, quando ele retoma a sua rotina, ele vai sentindo a necessidade de se ocupar”, explica. Jogos, atividades didáticas e leituras ocupam o tempo dos pacientes e auxiliam na melhora.

 

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