Portal da Educação

Um projeto piloto, desenvolvido pela Diretoria de Apoio ao Estudante, da Secretaria de Estado da Educação, vai orientar as merendeiras e auxiliares da aldeia indígena M`Biguaçu, sobre o armazenamento de alimentos, dicas de higiene bucal e de saúde. O encontro começa nesta quarta-feira, 30 e encerra dia 02 de outubro.  

Esta formação, de três dias na EIEF Wherá Tupã - Poty Djá, nasceu das necessidades da própria escola, membros de comunidades indígenas e especialmente pelo crescente número de diagnósticos de hipertensão e diabetes entre os.

A responsável pelo projeto, Ane Silvia Brandini, da Gerência de Alimentação Escolar, explica que as responsáveis pelo preparo das refeições, que também fazem parte da comunidade, serão orientadas sobre o uso de menores quantidades de sal, açúcar e óleo.

Ane comentou também que serão desenvolvidas receitas, com as merendeiras, a partir do reaproveitamento integral dos alimentos. “Estamos tentando criar nesta e em outras comunidades um equilíbrio entre a alimentação saudável e a tradicional de cada aldeia e etnia”, destaca.

De acordo com José Odacir Landarin, representante do Conselho Estadual de Alimentação Escolar, este é um trabalho que deve ser feito com muita atenção, pois cada comunidade tem uma liderança e uma série de costumes que devem ser respeitados e adaptados dentro de um limite imposto pelo líder da aldeia. “Estamos iniciando primeiramente com esta localidade, mas esperamos seguir atendendo todas as unidades indígenas do Estado”, disse ele.

Para poder criar uma estrutura e atender todas as aldeias, o projeto está contando com parcerias de entidades governamentais e não governamentais.

As atividades, que serão desenvolvidas no encontro, permitirão o envolvimento de toda a comunidade escolar e lideranças indígenas. Entre os resultados esperados estão a melhor aplicação dos recursos recebidos pela escola bem como ações de higiene bucal, diagnostico nutricional e a criação de projetos como horta escolar, compostagem entre outros.