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A Secretaria de Estado da Educação presta suas condolências a um antigo servidor. Edênio Salesio da Rosa, de 68 anos, que trabalhava no setor de Serviços Gerais desde o dia 1º de julho de 1992 foi vítima de uma complicação pulmonar. Seu Edênio, como era conhecido, foi enterrado na tarde desta sexta-feira, 8, no Cemitério do Itacorubi, em Florianópolis.

Trabalhador pacato e pai de oito filhos, Edênio realizava serviços como transportar processos e consertar móveis em todos os andares da casa, mas marcou de forma vibrante a vida de todos que o conheceram, por sua simplicidade, alegria e honestidade. Marcas que fizeram do humilde funcionário, um ente querido e uma figura conhecida por todos que passaram pela Secretaria de Educação nos últimos 23 anos.

Seu Edênio chamava a todos os servidores da casa de “professor” e “professora” e gostava de reciclar o material descartado pelos que tratava com tanto respeito. “Não tinha preguiça nunca”, afirma a companheira de trabalho e amiga pessoal de Edênio desde 1993, Dircinha Siqueira.

Em uma destas buscas em lixeiros e caixas deixadas de lado, Seu Edênio encontrou um envelope com R$ 1,5 mil dentro de uma lata de lixo, na Gerência de Pessoas (GEPES). “Na segunda-feira seguinte ele me abordou e perguntou: — A Senhora perdeu alguma coisa semana passada, professora? — Eu disse que não e ele com um envelope tirado do bolso da camisa me perguntou novamente: — Tem certeza, professora? — Era o dinheiro da viagem de final de ano que faríamos aqui com o pessoal do setor”, conta a servidora Sonia Westrupp, com os olhos visivelmente emocionados.

Chamado de insubstituível por Ida Antunes, seu Edênio deixa um legado. O de exercer o trabalho com boa vontade, seja ele qual for. Ele foi enterrado com a bandeira do Figueirense, seu time do coração, em cima do caixão. Mais de 200 pesoas foram deixar seu último adeus ao homem exemplar e, desde já, saudoso colega de trabalho.