Quando duas professoras aparentemente comuns se juntam para mudar perspectivas de alunos outrora destinados ao fracasso, o resultado não pode ser outro: ruas vazias e escolas cheias.
Leonilda Wessling, nascida em Salto do Lontra/PR, e Sandra Pottmeier, de Blumenau/SC, decidiram, em 2011, desenvolver o trabalho que instrui alunos a mostrarem aos educadores quem são os jovens que praticam a violência escolar e a evitar situações como estas a qualquer custo. Cerca de 500 alunos da EEB Padre José Maurício já participaram do projeto que engloba atividades como palestras e encenações que discutem o tema.
Para Sandra, o educador que tem a intenção de abordar o tema violência deve buscar um engajamento de pais, professores, Grêmio Estudantil e de toda a comunidade em que a escola se situa, para que seja possível o desenvolvimento de projetos deste porte. “Politicamente somos neutros e nos ocultamos de agir em prol da evolução de nossos jovens. Isso tem que acabar”, afirmou.
Já Leonilda considera violência como algo plural e social e apela ainda para que os adultos deixem de usar o discurso do senso comum, que atribui suas manifestações a monstros, bárbaros e loucos, ou que as violências sejam apenas de determinados grupos sociais ou de pessoas menos privilegiadas economicamente. “Deve-se enfatizar que estas formas de violência na escola apresentam o espaço escolar como um local onde ocorrem situações de incivilidade, bullying, injustiça, indisciplina, desrespeito, intimidação, agressividade, preconceito e vandalismo”, enfatizou. |