O CEJA de Florianópolis desenvolveu o trabalho que ganhou destaque na Feira de Ciências Estadual. Desenvolvido por Lucéle Santos e Elaine Furlan, o projeto fez acontecer durante a exposição.
O homem, ao decorrer de sua história, altera o meio em que vive e o adapta às suas necessidades momentâneas. Além de gerar o produto final esperado, acaba originando resíduos. O problema em questão não é a extinção do lixo, já que todo o processo de transformação do meio ambiente gera algum tipo de resíduo.
Uma simples bituca pode parecer ridículo perto de outras fontes que poluem uma paisagem urbana. Mas impressiona o número que podem ser encontrados rolando livremente nas calçadas de ruas e avenidas das cidades. Boa parte dos fumantes, ao descartar de forma inadequada uma bituca que pesa 0,4g, acabam gerando toneladas deste micro lixo.
Este problema adquire dimensões maiores se levar em conta que uma bituca leva, em média, cinco anos para se decompor no meio ambiente (NAPOLI, SIEBRA, GEISHOFER, 2010). O projeto busca trazer à tona a discussão sobre o tema. A ideia partiu após um debate sobre sustentabilidade e conscientização ambiental durante a disciplina CCTT (Ciência, Cultura, Tecnologia e Trabalho) com alunos de uma turma de ensino médio do CEJA/Florianópolis, a partir da observação feita em relação a um problema ambiental enfrentado pelos centros das grandes e médias cidades, entre as quais, Florianópolis: a problemática do micro lixo (especificamente, as bitucas de cigarro jogadas nas vias centrais da cidade e a falta de locais e lixeiras apropriadas).
A partir disso, deliberou-se uma ação para resolver o problema, mediante algumas etapas: a primeira, de nível social, o registro fotográfico do problema ambiental para a conscientização das pessoas, principalmente os fumantes; em seguida, a coleta de amostras para a pesquisa de um tratamento químico,utilizando-se de materiais domésticos para tratar tais resíduos, o que é considerado o maior rejeito deixado pelo ser humano no mundo.
Foram plantadas sementes de alpiste, linhaça, e tomate nas bitucas e colocadas em vasos de terra. Foi realizado um vídeo de conscientização. Pôde-se observar que o centro de Florianópolis apresenta uma quantidade muito grande de bitucas espalhadas pelas ruas, foram registrados poucas lixeiras específicas assim como nenhuma bituqueira no decorrer do trabalho. Também é possível concluir que a falta de educação ambiental, a responsabilidade social, assim como o descaso de órgãos competentes, interferem no comportamento inadequado do fumante ao descartar suas bitucas, que influenciam nos problemas causados no meio ambiente pelo descarte inadequado. |