Rosilene Heizen, 44 anos é formada em pedagogia. Há cinco anos trabalha com alfabetização na EEB Cecília Ax em Presidente Getúlio. Filha de agricultores, desde cedo precisou trabalhar para ajudar os pais na lavoura. Mas o sonho de ser professora sempre acompanhou Rosilene.
Quando surgiu a oportunidade de cursar pedagogia, o esforço foi ainda maior. Durante o dia ela trabalhava na lavora com os pais, e à noite viajava 30 quilômetros até a faculdade, no município vizinho de José Boiteux.
Hoje trabalhando com alfabetização, a professora se diz realizada: “O trabalho de educadora me realiza, eu nunca quis fazer outra coisa. Gosto de ver o brilho no olhar das crianças ao descobrir algo novo”. Afirma a professora que também coordena alguns projetos dentro da escola, dentre eles, o “Biblioteca Viajante” que ajuda a despertar nos alunos o gosto pela leitura.
O projeto desenvolvido pela professora Rosilene vem ajudando cada vez mais alunos a melhorarem suas notas. "Biblioteca Viajante” é realizado durante o ano letivo e visa primeiramente despertar o interesse pela leitura. Os alunos recebem livros de literatura infantil, os quais a escola recebeu do MEC e do curso de formação de professores alfabetizadores que fizeram formação no PNAIC.
O material é mantido nas salas de aula e disponibilizado para os estudantes do ensino fundamental. Segundo a professora Rosilene, percebeu-se a necessidade de um programa onde um número maior de alunos tivesse a oportunidade de ler estes livros, desenvolvendo, assim, o gosto pela leitura, envolvendo também as famílias, pois os livros podem ser levados para casa e ficar com os alunos durante cinco dias. Desse modo, o projeto visa fazer com que o aluno tenha prazer em ler e consiga transmitir ao outro o que leu.
“O Biblioteca Viajante enfoca no ato de ler como ponto de partida para a construção das competências para a leitura fluente, escrita, oralidade e compreensão”, explica a professora.
Após a leitura de todos os livros, cada aluno faz uma leitura ao grupo, do livro que mais gostou, também elegendo suas preferências, qual livro mais agradou, ou o que não conseguiu compreender.
A professora Rosilene afirma ainda que a leitura aproxima o aluno do mundo letrado. “Além disso, a leitura de histórias aproxima a criança do universo letrado e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais, a escrita. Assim, apresenta-se o livro sempre com a dimensão do prazer e da alegria, para que o aluno perceba que ler é uma viagem maravilhosa e não apenas mais uma das atividades escolares”, completa a professora Rosilene Heinzen, uma das idealizadoras do projeto que atende cerca de 30 crianças em período integral. |