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Premiação do Concurso de Redação do projeto “TCE na Escola” PDF Imprimir E-mail
Por Ascom - ACOM/TCE/SC   
Sex, 26 de Setembro de 2014 09:10

IMG 9083 LargepequenaO Tribunal de Contas de Santa Catarina (TCE/SC) entregou nesta quarta- feira (24/9) os prêmios aos vencedores do III Concurso de Redação — “Corrupção – e eu com isso?” do projeto TCE na Escola. Alana Raissa dos Santos, da Escola de Educação Básica Isidoro Silva, de Anita Garibaldi, Mateus Ezequiel da Silva, da Escola de Educação Básica Dois Irmãos, de Presidente Castello Branco, e Tamires Fernandes, da Escola de Educação Básica Dr. Frederico Rolla, do município de Atalanta, autores das redações classificadas em 1º, 2º e 3º lugares, respectivamente, e seus professores orientadores receberam os certificados de participação no concurso e um tablet, cada um. As escolas dos três alunos foram contempladas com kits de livros de literatura, um projetor multimídia e um computador.

A terceira edição do projeto, promovido pelo TCE/SC com a parceria da Secretaria de Estado da Educação (SED) e apoio institucional do Ministério Público de Santa Catarina, teve como objetivo propiciar aos cerca de 112 mil estudantes da rede estadual de ensino, matriculados no 1º ano do ensino médio, a oportunidade de refletir e discutir sobre os amplos aspectos que envolvem a corrupção e os males advindos desta prática e contribuir para a consolidação de uma cultura de responsabilidade cidadã.

Durante o ato de entrega da premiação aos estudantes, no Plenário do TCE/SC, em Florianópolis, o presidente da Instituição, conselheiro Julio Garcia, parabenizou os alunos vencedores e enalteceu o papel da educação na formação da sociedade. “Não teremos uma nação sem corrupção, uma nação preparada para o seu futuro, uma nação pacífica, se não tivermos educação”, disse Garcia. O conselheiro complementou afirmando que a iniciativa do concurso vai ao encontro do estímulo ao melhor emprego dos recursos públicos, buscando a conscientização dos jovens quanto à necessidade do seu bom uso e fiscalização. “É assim que vamos construir uma sociedade melhor, mais justa e fraterna, com a participação de todos, de modo especial dos jovens, a quem compete construir o futuro”, concluiu.

“Mudaremos essa sociedade corrupta?”. A pergunta, que é título da redação de Alana Raissa dos Santos, 15 anos, classificada em primeiro lugar no concurso, reflete o seu pensamento sobre a relação da corrupção com o comportamento dos cidadãos, de modo geral. Ela defende que somente mudando o comportamento das pessoas é que se consegue eliminar a corrupção, “que não se manifesta apenas entre os políticos, mas também no cotidiano e no nosso dia a dia”. Alana fez referência, em sua redação, “aos pequenos atos que ocorrem em todo o lugar e que, somados, tornam nossa sociedade cada vez mais corrupta. Sem nem perceber, as pessoas furam filas, nas escolas os alunos colam na prova, e os clientes aceitam o troco a mais que lhes foi dado por engano”.

 Para o professor orientador de Alana, Carlos Eduardo Canini, o concurso proporcionou aos alunos ampliar o seu olhar e a sua percepção sobre o que é a corrupção. “Essa é a idade ideal para se trabalhar isso, por causa de sua postura mais crítica e sua disposição e vontade de mudar a realidade”, destacou.

Durante as discussões em sala de aula, Canini comentou que foram debatidas as funções do Tribunal de Contas, órgão responsável pela fiscalização do uso do dinheiro público. “Mas eles também compreenderam que, quando se pega a internet do vizinho, isto também é corrupção!”, ressaltou.

 Corrupção e sociedade

O segundo colocado no concurso, Mateus Ezequiel da Silva, 15 anos, revelou, em sua redação, que, apesar da pouca idade, tem bastante conhecimento da realidade política e social brasileira. “Gosto de ler jornais e também a internet, procuro me atualizar sobre o que está acontecendo”, esclareceu, ao comentar sobre a profundidade de seu texto. Em sua redação, Mateus escreve que, na atualidade, “o tom de conformismo parece ser muito mais presente que a indignação e a busca efetiva pela mudança deste panorama”. Em outro trecho, destaca que, ao longo da história brasileira, parte da população “começou a vender a representatividade do voto por pequenos benefícios particulares”, caracterizando, segundo ele, a “cultura do jeitinho, da transgressão, que criou um ciclo em que é comum quando lhe é conveniente transgredir a lei”.

Outra abordagem da mesma questão foi apresentada pela estudante Tamires Fernandes, também de 15 anos, classificada em terceiro lugar, que, ao falar do trabalho exercido pelo Tribunal de Contas, manifestou que os resultados poderiam ser melhores se a população fosse mais atuante. “A corrupção nada mais é do que o uso do poder ou autoridade em benefício próprio, de amigos ou familiares. E a sociedade, sem dúvida alguma, está diretamente envolvida com este mal, já que nós, os formadores da sociedade, somos os próprios escritores dessa história”, argumentou a estudante em seu texto.

Tamires admite que, antes de participar do concurso, não conhecia muito bem o que era o Tribunal de Contas. Agora, ela acha “que é um trabalho importante, que ajuda a população, porém não adianta o Tribunal agir sozinho, se as pessoas não colaborarem”.

A solenidade de entrega da premiação aos estudantes foi prestigiada pelo procurador Davi do Espírito Santo, que representou a Procuradoria-Geral de Justiça de Santa Catarina. Na sua opinião, o concurso de redação foi positivo, pois “mostrou que o jovem entendeu a diferença entre a política — que é uma coisa boa — e a corrupção — que é uma praga. E ainda, que é a corrupção que estraga a política”. Para o procurador, “esse debate leva a uma construção da cidadania através do jovem”.

A técnica da Diretoria de Educação Básica Profissional da Secretaria da Educação, Juliana Aparecida de Almeida Lemos Rocha, que representou o titular da pasta, por sua vez, disse que “a temática do concurso foi bastante relevante, contribuindo para que a sociedade seja mais justa”.

Também participaram do evento o corregedor-geral do TCE/SC, César Filomeno Fontes, o supervisor do Instituto de Contas, Luiz Eduardo Cherem, o conselheiro Herneus De Nadal e os auditores-substituto de conselheiro Gerson dos Santos Sicca, Cleber Muniz Gavi e Sabrina Nunes Iocken, o procurador-geral, em exercício, do Ministério Público junto ao Tribunal, Aderson Flores, além do professor Silvestre Heerdt, representando o Conselho Estadual de Educação, servidores do TCE/SC e da SED, diretores e professores das escolas premiadas e alunos da mesma turma da estudante vencedora do concurso.

 Programação cultural

Como prêmio, os três alunos vencedores também foram contemplados com uma viagem à Florianópolis, a exemplo dos professores orientadores, responsáveis e dos colegas de classe da autora da redação classificada em 1º lugar. Na programação, visitas à praia da Joaquina, à Barra da Lagoa, ao projeto Tamar, e ao Museu Histórico de Santa Catarina, que funciona no Palácio Cruz e Sousa, na Praça XV.

As três redações vencedoras foram escolhidas por uma Comissão Julgadora Mista, integrada por representantes do Tribunal de Contas. Participaram da seleção as redações escolhidas, na etapa regional, para representar 35 gerências regionais de educação (Gereds) e o Instituto Estadual de Educação, o maior estabelecimento de ensino da rede pública com sede em Florianópolis. Todos os alunos que tiveram trabalhos selecionados naquela fase receberão um “Diploma de Menção Honrosa”, que será entregue pela SED.

 

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