O Plano Nacional de Educação (PNE), a principal diretriz para as políticas públicas educacionais no Brasil, foi tema principal da abertura da II Conferência Estadual de Educação, ministrado pela professora doutora em Educação da Universidade de São Paulo (USP), Lisete Regina Gomes Arelaro, que em seu discurso inicial frisou a importância de se estar debatendo educação para a construção de ações que reforcem o PNE e que se faz efetivar o direito de todos a uma educação de qualidade.
“O PNE não é um documento simplesmente, e sim é este processo de reunião que está sendo realizado por meio das Conferências, onde os vários segmentos da sociedade se reúnem para discutir qual a política educacional que deveria ser realizada no Brasil. Podemos dizer que é um processo de formação ao chamar a todos para estas discussões, até que um dia a população brasileira realmente consiga colocar como prioridade nacional a educação brasileira”, destaca Lizete.
Lizete apontou o tema central da Conferência Nacional de Educação, o PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação, cuja três grandes variáveis são consideráveis: a participação popular, a cooperação federativa e a gestão democrática, como ponto importante a se fazer funcionar efetivamente, pois ao alcançarmos com êxito estas três variáveis, estaremos garantindo um a Brasil mais solidário, menos desigual como propõe a Constituição Federal de 88. “República, Democracia e Estado de Direito são os três pré-requisitos para que isto efetivamente possa acontecer”, afirma.
A valorização do magistério também foi um tema abordado pela professora que comentou a importância de se investir em melhores condições de trabalhos e de uma remuneração mais justa para a classe. “Se nós queremos que a juventude opte por ser professor, nós vamos ter que mudar esta questão. Por isso, os 10% do PIB para a educação pública é uma condição para a melhoria na qualidade de ensino”, destaca Lizete, que completa que apesar deste problema, a educação brasileira vai bem e que dentro da escola tem vida inteligente, onde professores apaixonados se dedicam diante a novos projetos.
Pelas palavras do poeta João Pessoa, Lizete traduziu o que a Conferência traz, pois segundo ela a CONAE não tem um resultado certo, e sim previsível, pois vai depender de cada um de nós. “De tudo, ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando, a certeza de que precisamos continuar e a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Da queda um passo de dança. Do medo, uma escada. Do sonho, uma ponte e da procura, um encontro. Que esta Conferência Estadual possa representar esse encontro entre os diferentes e os divergentes em defesa de uma educação pública de qualidade para todos do nosso país”, finaliza. |