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Trinta e dois estudantes do Ensino Médio Inovador (EMI) da Escola de Educação Básica Governador Eriberto Hulse, de Criciúma, embarcaram nesta segunda-feira (15), onde permanecem até quarta-feira (17), para uma viagem cultural a São Paulo. “O objetivo da viagem, que faz parte do Programa EMI e está vinculada à “Atividade de Aprendizagem Juventude: cultura”, desenvolvida na escola, é levar o aluno a conhecer as memórias ou observar o acervo das obras disponíveis nos museus, possibilitando-o relacionar ou resignificar com o seu conhecimento de vida”, destaca a professora responsável pelo projeto, Silemar Maria de Medeiros Silva.

                                                          
Entre os pontos culturais a serem visitados em São Paulo, estão o Museu de Arte de São Paulo (MASP), a Pinacoteca de São Paulo, Museu da América Latina, Museu da Língua Portuguesa, Pavilhão de Culturas Brasileiras, Museu Afro-Brasil, Museu de Arte Moderna, Museus do Instituto Butantan. Além disso, os jovens terão a oportunidade de assistirem a Peça de Teatro Capitães da Areia de Jorge Amado.

Para a professora Silemar, falar de arte na escola não é fácil. “A arte é de todos e para todos e é nesse exercício de pensar sua importância que me remeto à Ferreira Gullar, quando o mesmo diz que”, ressalta a coordenadora do projeto. A arte existe porque a vida não basta. “Sou professora de artes de escolas públicas desde 1983 e tenho defendido o acesso à arte enquanto direito, e hoje posso contar uma história que acredito ser um marco para que possamos melhor compreender o quanto podemos fazer para que o direito de aprender seja garantido dentro e fora da escola”, relata.

Silemar enfatiza que importância desse momento não se dará apenas para os 32 alunos que serão acompanhados por seus professores, mas a toda a escola, às escolas públicas. “E ao ensino da arte propriamente dito, pois uma coisa é falarmos de arte em sala de aula, o que é importante, sem dúvida. Mas poder conhecer a produção de diferentes artistas que muitas vezes nem em livros conseguimos ter acesso é realmente mágico e certamente indescritível”, endossa a professora.

A professora explica que o acesso ao capital artístico cultural é direito de todos e esses alunos estão exercendo seus direitos de aprender ampliado pela experiência da visitação no exercício da ampliação do olhar estético e sensível. A oportunidade contempla o que Rodrigo Duarte (2012, p. 48) escreveu sobre pluralismo estético, ou seja, os alunos terão acesso a um cenário no mundo da arte em que todos os estilos e modalidades de arte convivem lado a lado, sem que algum deles possa ou deva ser considerado superior aos demais.

“Nosso compromisso como educador e como educadora não se esgota, assim como nosso acreditar na escola, na juventude e na vida. Vamos cuidar para que mais experiências como essa aconteçam e que saibamos aplaudir o que é para ser aplaudido”, finaliza.